Brasília – A Superintendência de Relações com os Consumidores (SRC) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou esta semana um estudo sobre as habilidades digitais com foco no Brasil, mas também incluindo o contexto mundial. Os dados da pesquisa referem-se ao ano de 2023.
Segundo o estudo, em média, 29,9% das pessoas no Brasil possuem habilidades digitais básicas – copiar ou mover um arquivo ou pasta, enviar e-mails com arquivos anexados, transferir arquivos entre um computador e outros dispositivos, ou usar ferramenta de copiar e colar para duplicar ou mover conteúdo, por exemplo, em um documento ou uma mensagem.
Já as habilidades intermediárias são de domínio de 17,9% das pessoas, em média. O estudo considera intermediárias ações como usar uma fórmula aritmética básica em uma planilha, conectar ou instalar novos equipamentos com ou sem fio, como modem, impressora, câmera ou microfone ou, ainda, criação de apresentações eletrônicas com software de apresentação.
A pesquisa também procurou quantificar as habilidades avançadas, tais como criar programa de computador ou aplicativo de celular usando linguagem de programação. O índice é de apenas 4,2%, em média, das pessoas. Entre 14 países com informações disponíveis para os três quesitos, o Brasil é o 12º. Na América Latina, o 5º, entre dez nações com dados disponíveis.
O estudo, que foi elaborado no contexto da implementação do projeto estratégico de alfabetização digital, encabeçado pela SRC no âmbito do Plano Estratégico da Anatel 2023-2027, destaca a necessidade de promoção das habilidades digitais para que os cidadãos brasileiros possam usufruir plenamente dos recursos digitais e das políticas públicas de transformação digital disponíveis, principalmente considerando a liderança do Brasil em governo digital.
Meta brasileira para 2027
A promoção de habilidades digitais faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de aumentar em âmbito mundial a proporção de pessoas com habilidades digitais básicas e intermediárias até 2030. No caso do Brasil, os dados utilizados para o cálculo dos indicadores são os coletados pela Pesquisa TIC Domicílios realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br).
A partir da meta estabelecida pela Anatel, de elevar a 30% a proporção de pessoas acima de 10 anos com habilidades digitais intermediárias até 2027, o documento analisa a situação atual do Brasil e o compara com outros países que também possuem os indicadores divulgados por meio da União Internacional de Telecomunicações (UIT). A fim de destacar as lacunas de habilidades digitais para alguns subgrupos da população, também é realizada uma análise com base em diversos recortes da realidade brasileira, com destaque para as desigualdades relacionadas a raça, gênero, faixa etária, região geográfica e renda.
Com informações D24am
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